Posicionamentos referentes à reportagem Como a Morgan Stanley está ligada ao desmatamento na Amazônia.
Morgan Stanley
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Marfrig
Sobre o caso de José Carlos Ramos Rodrigues
Um dos critérios existentes no compromisso assumido pela Marfrig é o de não adquirir animais oriundos de áreas embargadas pelo IBAMA. Para isso verifica-se o CPF/CNPJ do fornecedor em questão e, caso haja alguma restrição no IBAMA, é gerado um relatório com evidências de que a propriedade que irá fornecer os animais não se trata da fazenda embargada. A fazenda Brasília não possui nenhum tipo de restrição socioambiental quanto aos critérios estabelecidos pela Marfrig.
Com relação a triangulação de animais entre fazendas, hoje não existem ferramentas efetivas que permita o controle sistemático desse tipo acontecimento.
Para endereçar essa situação e como citado anteriormente, estamos estabelecendo uma parceria junto a uma renomada entidade de pesquisa agropecuária (Agroícone), a qual possui vasta expertise na condução de diálogos e acordos complexos, sempre embasados com forte conteúdo técnico, na análise do agronegócio global, na construção de cenários, estudos de impacto e ferramentas para avaliação de sustentabilidade e regularização Ambiental e no desenvolvimento de ferramentas quantitativas para cenários de longo prazo. Como resultado desse trabalho conjunto teremos uma ferramenta que estamos denominando de “Mapa de Mitigação de Risco”. Esse será resultado da junção de duas ferramentas que estão sendo desenvolvidas, sendo uma primeira, que estamos denominando de “Mapa de Risco do Desmatamento” e nos indicará as áreas (municípios e regiões) mais vulneráveis e expostas ao desmatamento. Uma segunda ferramenta derivada desse trabalho será um mapa de áreas com “aptidão para a etapa de cria”, ou seja, conheceremos as “zonas de nascimento” mais importantes nas áreas estudadas. Tudo isso quando agregado aos dados que já temos através das RFIs, permitirão a verificação cruzada das informações e mapas das áreas mais expostas ao risco de desmatamento e, assim, identificarmos quais fornecedores indiretos também estão mais expostos ao risco de desmatamento.
Sobre o caso de Sidney Gasques Bordone
Um dos critérios existentes no compromisso assumido pela Marfrig é o de não adquirir animais oriundos de áreas embargadas pelo IBAMA e para isso verifica-se o CPF/CNPJ do fornecedor em questão e, caso haja alguma restrição no IBAMA, é gerado um relatório com evidências de que a propriedade que irá fornecer os animais não se trata da fazenda embargada. Todos os abates da fazenda Rio Azul foram realizados de forma regular. A propriedade não possui nenhum tipo de restrição socioambiental quanto aos critérios assumidos pela empresa.
Assim como colocado anteriormente, com relação a triangulação de animais entre fazendas, hoje não existem ferramentas que permita o controle sistemático dessa situação, mas como citado anteriormente, participamos desde o início do desenvolvimento do novo protocolo de monitoramento de fornecedores de gado e entendemos a importância, transparência e evolução nos processos que o mesmo traz. A Marfrig como pioneira no processo de monitoramento geoespacial faz questão de encorajar a cadeia como um todo aplicando integralmente os critérios estabelecidos cuja implantação se dará a partir de Julho de 2020.
A Marfrig também, através da ferramenta Request for Information (RFI) solicita voluntariamente a seus fornecedores as informações de produtores e fazendas dos quais podem ter adquirido animais previamente, para promover a transparência e fortalecer ainda mais os dados sobre a origem dos animais fornecidos a empresa.
Para endereçar tais gaps, é que estamos estabelecendo a parceria com a ONG AdT (Amigos da Terra – Amazônia Brasileira) que lidera o GTFI (Grupo de Trabalho de Fornecedores Indiretos do Brasil). Nesse contexto será realizado um estudo ainda em 2020 (tanto para Amazônia quanto para Cerrado / Mata Atlântica) sobre o uso atual de RFI, e avaliando como melhorar nossa ferramenta, por meio da aplicação das Boas Práticas preconizadas pelo GTFI, mas também estabelecendo municípios e regiões prioritários. A Marfrig faz parte do Grupo de Trabalho para Fornecedores Indiretos (GTFI), que inclui os principais players (produtores, indústria, varejistas e sociedade civil) e envolve toda a cadeia de produção de bovinos a partir de perspectiva sustentável, com foco especial nos chamados fornecedores indiretos.
O “Mapa de Mitigação de Risco” citado anteriormente possibilitará estabelecer critérios que conjuntamente com a ferramenta RFI, irá mitigar o risco quanto a origem de animais de fornecedores indiretos. Essas informações, quando agregadas aos dados que já temos através das RFIs, permitirão a verificação cruzada das informações e mapas das áreas mais expostas ao risco de desmatamento e, assim, identificarmos quais fornecedores indiretos também estão mais expostos ao desmatamento.
Minerva
A Minerva Foods, líder em exportação de carne bovina na América do Sul e uma das maiores empresas na produção e comercialização de carne in natura e seus derivados no Brasil, é a única empresa do setor atualmente financiada pela IFC, do Grupo Banco Mundial, que, desde o seu investimento na empresa, apoia seu compromisso com a sustentabilidade e sua liderança no gerenciamento das questões socioambientais de sua cadeia produtiva.
A Companhia reforça mais uma vez seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da cadeia agropecuária com a total conformidade de sua atuação no Bioma Amazônia. Relatório concluído recentemente pela auditoria externa BDO Brasil, em maio deste ano, atestou que, pelo sétimo ano consecutivo, a empresa cumpre 100% o Compromisso Público de Pecuária Sustentável, firmado em 2009, para garantir as práticas aplicadas no combate ao desmatamento da floresta amazônica e ao uso de mão-de-obra análoga à escrava, como também respeito às terras indígenas e áreas de conservação na região da Amazônia. Ademais, nas auditorias conduzidas pelo Ministério Público Federal – o principal e mais confiável procedimento de verificação de terceira parte da cadeia, a Minerva Foods obteve os melhores resultados entre os principais players do mercado. Os resultados são públicos e estão disponíveis no website do órgão1,2. Em recente estudo conduzido pela ONG Amigos da Terra3, também disponível publicamente no website da instituição, a Minerva Foods se destaca pelos resultados consistentes e comprometimento efetivo no combate ao desmatamento na Amazônia.
As compras de gado realizadas pela Minerva Foods no Bioma Amazônia são 100% feitas em fazendas monitoradas, por meio de mapas georreferenciados, o que assegura que todos os fornecedores estejam de acordo com rigorosos critérios socioambientais. Para a rastreabilidade integral da cadeia, os sistemas de monitoramento da Companhia são cruzados com listas oficiais do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente, da Secretaria do Trabalho e do registro pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), como também de outros documentos de posse da terra. Caso seja identificada qualquer irregularidade, o departamento de sustentabilidade da Companhia bloqueia os fornecedores em não conformidade com qualquer um dos critérios, eliminando a possibilidade de compra de gado de tais produtores. Atualmente monitoramos de forma privada mais de 9.000 fornecedores no bioma Amazônia, compreendendo uma área total de mais de 9 milhões de hectares, uma região equivalente ao território de Portugal.
Adicionalmente, desde junho de 2019, a Minerva Foods integra a Mesa Global de Carne Sustentável, a Global Roundtable for Sustainable Beef (GRSB, sigla em inglês). Composta por especialistas, acadêmicos e grandes companhias de quatro continentes, a GRSB tem como objetivo compartilhar práticas de gestão e manter um diálogo construtivo sobre os caminhos da indústria global. Como nova integrante, a Minerva Foods aprimora a representatividade do continente Sul Americano, que é o maior produtor de carne no mundo, em discussões globais. Junto ao mercado de capitais, a empresa trabalha com muita transparência frente aos desafios da cadeia e participa ativamente investidores e acionistas. Vale destacar a participação das pautas de sustentabilidade em reuniões com investidores, no Brasil e no exterior, e também com instituições como a Emerging Markets Investors Alliance, onde a Minerva Foods participa de roundtables acerca da sustentabilidade na cadeia de valor da carne bovina.
Paraguai
O compromisso da Minerva Foods se estende para o Paraguai, país no qual a Companhia é pioneira no monitoramento geoespacial do bioma Chaco, onde a empresa já dispõe de mais de 50% de seus fornecedores mapeados e atingiu o resultado de 100% de compliance atestado por auditoria independente em dezembro de 2019, também realizada pela BDO Brasil.
No Paraguai, também avançamos com o projeto multistakeholder Forest Conservation Agriculture Alliance – Alianza para el Desarrollo Sostenible. A aliança é formada pelos agentes: United States Agency for International Development – Usaid, International Finance Corporation (IFC), World Wildlife Fund (WWF), Wildlife Conservation Society (WCS), Asociación de Municípios de Chaco Central e Cooperativa Neuland e Minerva Foods.
Além disso, a empresa é membro da Mesa Paraguaya de Carne Sostenible (MPCS) e da Câmara de Carnes Paraguaia.
Fornecedores indiretos
Atualmente não há dados e estatísticas acessíveis e confiáveis sobre a cadeia de rastreabilidade completa de gado para determinar o número de fornecedores indiretos no Brasil. Qualquer iniciativa de controle de fornecedores indiretos neste momento não é passível de processos certificados MRV (sigla em inglês) – monitorável, reportável e atestável.
Vale ressaltar que a competência legal pela gestão das Guias de Trânsito Animal (GTAs) é de responsabilidade do Ministério da Agricultura (MAPA) por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF), presente em todas as fábricas da Minerva Foods. Para que a finalidade das GTAs, primariamente um documento de controle sanitário gerido pelo Ministério, seja também a de potencial verificação dos fornecedores indiretos, é inerente que as indústrias tenham acesso irrestrito a todas as GTAs emitidas, incluindo, principalmente, aquelas GTAs de seus fornecedores diretos, ou seja, todo o trânsito animal ocorrido entre os mais de 2,6 milhões de produtores rurais com atividades agropecuárias, segundo o Cadastro Ambiental Rural.
A Minerva Foods, como qualquer outra indústria fiscalizada pelo SIF, não possui acessibilidade completa ao sistema de Guias de Trânsito Animal e, portanto, não possui meios efetivos de verificar e rastrear fornecedores indiretos com o uso das GTAs.
Mesmo diante desses desafios, desde 2015, a Minerva Foods integra o Grupo de Trabalho de Fornecedores Indiretos – GTFI, inciativa multistakeholder que busca meios de atuar sobre o gerenciamento de riscos para fornecedores indiretos no Brasil. A iniciativa é liderada pelas ONGs National Wildlife Federation – NWF e Amigos da Terra – AdT, subsidiados por Gordon and Betty MOORE e Norwegian Agency for Development Cooperation – NORAD. Participam diversos atores da cadeia entre indústria, varejo, ONGs e associações de classe.
Por meio de um memorando de entendimento, a Companhia também está avaliando a possibilidade de testar uma ferramenta de cruzamento eletrônico de GTAs desenvolvida pela Universidade de Winsconsin, chamada VISIPEC. A análise proposta pelo sistema pode auxiliar na definição de estratégias para mitigação de riscos de irregularidades de fornecedores indiretos.
Cabe destacar que a Minerva Foods é líder em exportações de carne bovina na América do Sul, sendo reconhecida internacionalmente por produtos premium e de alta qualidade distribuídos em mais de cem países. Para fornecer esses atributos aos nossos consumidores é indispensável atender altos padrões na cadeia produtiva relacionados à genética, dieta, idade, pH e bem-estar animal. Os produtores que conseguem atender aos mais diversos protocolos de qualidade e sanidade de diferentes países necessitam de investimento em tecnologia no campo com o objetivo de rentabilidade de suas operações. Parte dos produtores que fornecem à Minerva Foods são produtores de ciclo completo (cria, recria e engorda), o que mitiga o risco quanto a não conformidade de fornecedores indiretos. Ressaltamos que mensurar esse critério não é aplicável no momento, mas transparece a relação de alto padrão que estabelecemos com os nossos fornecedores.
Investigação Repórter Brasil
Em relação à investigação mencionada pela Repórter Brasil, os dados que legalmente estão disponíveis para uso oficial não permitem à Companhia encontrar irregularidades no processo de fornecimento do gado para a unidade de Mirassol D´Oeste/MT. De qualquer forma, reiteramos que a Fazenda Amor de Aripuanã, localizada no Município Aripuanã/MT, não consta em nosso sistema de fornecedores e, portanto, nunca houve qualquer relação comercial com esta empresa. Já a Fazenda Rio Azul, localizada em Vila Bela da Santíssima Trindade/MT, por sua vez, é habilitada para fornecimento de gado a Minerva Foods e não apresenta qualquer passivo ambiental.
Vamos apurar os fatos com o uso dos dados que legalmente estão disponíveis para essa análise e, caso seja encontrada qualquer irregularidade no processo de fornecimento do gado pela Fazenda Rio Azul para a nossa unidade de Mirassol D´Oeste, as providências cabíveis serão adotadas.
Como descrito neste posicionamento, a Minerva Foods e qualquer outra indústria, não possui meios efetivos de acesso irrestrito ao sistema de emissão de GTAs e, portanto, não detém a capacidade de monitoramento completo da cadeia de trânsito animal no território nacional para os mais de 2,6 milhões de pecuaristas. O monitoramento, desde o nascimento dos animais, carece de um sistema de rastreabilidade individual, algo que deverá ser conduzido e supervisionado pelas autoridades sanitárias competentes.
Mais detalhes sobre a nossa atuação na área de sustentabilidade podem ser acessadas no site https://portal.minervafoods.com/sustentabilidade.Outros detalhes sobre a nossa atuação podem ser conferidos em nosso site de relações com investidores www.minervafoods.com/ri.