Veja as respostas da Secom sobre a vacinação de Bolsonaro em ato público

Respostas enviadas para a reportagem “Sem tomar vacina, Bolsonaro boicota plano do governo de combate à Covid”
 04/05/2021

Leia a reportagem: Sem tomar vacina, Bolsonaro boicota plano do governo de combate à Covid

Secom

1)  Embora previsto, porque não aconteceu o mutirão de vacinação na Semana Santa?

Ainda que não tenha ganhado a alcunha de “mutirão”, durante feriado de semana da Semana Santa ocorreu a maior distribuição de vacinas contra a Covid-19 de uma única vez, até aquela data. Com o envio de um total de 9.128.000 de doses — 8.400.000 da Coronavac e 728 mil da Oxford/AstraZeneca para todas as regiões brasileiras. Foi reforçada, ao PNI, a necessidade de que a prática corrente de vacinação fosse recomendada a todos os estados durante feriado, aproveitando a data para que as pessoas de todas as localidades se vacinassem. Ocorre que, em razão da gestão descentralizadas das vacinações, percebeu-se que alguns municípios, em vários estados, decidiram interromper a vacinação em alguns dias do feriado, o que per-se descaracterizaria uma ação de mutirão. Contudo, comemoramos um total de 3.909.375 doses aplicadas de 29/03 a 02/04 segundo dados do DataSus com pico de 1.070.564 doses em 30/03.

2)  Por que não foram realizados o ato de vacinação do Presidente da República e a ação envolvendo o Zé Gotinha e a primeira-dama?

As ações com autoridades entram no escopo de planejamento e concorrem com outras agendas. Além disso, a estratégia de comunicação não pode passar por cima da liberdade dos cidadãos em seu direito de decidir se se vacinarão ou não. Impende informar que a ação ainda não ocorreu mas é parte do planejamento.

3)  A Secom mantém o planejamento de envolver o presidente e a primeira-dama na campanha de vacinação?

A Secom elenca atores importantes que levem a mensagem da vacinação adiante. O Presidente está envolvido na campanha de vacinação desde a sua gênese, com a compra das vacinas, com a verificação criteriosa da ANVISA e com sua distribuição para estados e municípios.

4)  O plano não prevê outras ações com o ‘Zé Gotinha’. Por que o personagem não aparece nas campanhas de comunicação? Há previsão de o personagem ser envolvido na campanha?

O Zé gotinha é símbolo da vacinação no Brasil, sendo garoto propaganda e marca indelével de reconhecimento do programa de vacinação brasileiro. O personagem está inserido em inúmeras peças de publicidade do ministério da Saúde e da Secom, veiculadas com presença garantida em inúmeras oportunidades em eventos no palácio do Planalto. Note-se também que ele foi adotado como avatar das redes sociais de todos os ministérios.

5)  Na liminar emitida pela juíza Paula Beck Bohn, há críticas à pouca efetividade das campanhas oficiais de comunicação em orientar a população com relação à adoção de medidas preventivas. A Secom gostaria de comentar o assunto?

Na qualidade de órgão formulador da política de comunicação social de governo e no exercício das competências institucionais constantes no Decreto 6.555 de 8 de setembro de 2008, cabe à SECOM coordenar o desenvolvimento e a execução de ações de publicidade, classificadas como institucional ou de utilidade pública, e as de patrocínio, de responsabilidade dos integrantes do Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal – SICOM, especialmente aquelas que exijam esforço integrado de comunicação.

No contexto do enfrentamento à pandemia, as ações publicitárias realizadas pela SECOM desde março de 2020 são, portanto, complementares e se somam aos esforços do Ministério da Saúde, e atendem às necessidades impostas pela variação do cenário da pandemia.

6)  A Secom já elaborou ou ampliou seu plano de comunicação, conforme determinado pela liminar? Podem nos informar se haverá ajustes, e quais mudanças serão implementadas na comunicação oficial sobre a pandemia, a fim de engajar a população não somente na vacinação, mas também na adoção de medidas preventivas?

O plano de comunicação de enfrentamento à Covid-19 está em vigor e continuará enquanto o Brasil estiver vivenciando a crise sanitária causada pelo coronavírus. O documento é atualizado de acordo com mudanças nas políticas públicas relacionadas à pandemia ou quando há novas diretrizes que precisam ser comunicadas à população.


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