Íntegra dos posicionamentos da Magalu, Americanas e Confecções Anchor

Respostas enviadas para a reportagem 'Sites de Magalu e Americanas vendem marcas flagradas com trabalho escravo'
 05/07/2022

Magalu

O Magalu esclarece que, tão logo recebeu a denúncia relacionada às empresas citadas pelo Repórter Brasil, iniciou um trabalho minucioso de investigação, que envolveu as áreas de Compliance, Integridade e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e a área de qualidade do Marketplace. A primeira conclusão é que nenhuma das empresas citadas pela reportagem faz parte da lista de fornecedores e/ou sellers/parceiros diretos do Magalu.

As empresas Cotton Colours Extra e a NaKepe Creações, de fato, fornecem para sellers que atuam no nosso marketplace. Até o dia 20 de maio de 2022, porém, não havia nenhuma citação em listas de alerta, restritivas e/ou de sanções relacionadas a qualquer uma dessas empresas –  o que inclui as listas restritivas do Ministério do Trabalho. Portanto, com base em dados oficiais, não há justificativa para que a Cotton Colours Extra e a NaKepe Creações tenham seus produtos inseridos na nossa “Blocklist”. (Importante dizer, ainda, que, apesar das solicitações do Magalu, até o momento não tivemos acesso a documentos que a reportagem alegou ter e que comprovariam a má conduta dessas empresas.)

O Magalu também não encontrou qualquer menção à Confecções Anchor nas listas restritivas oficiais do Ministério do Trabalho. Mas as investigações realizadas pelas áreas de Compliance e Integridade constataram que um dos sócios da Confecções Anchor já havia sido autuado por manter funcionários em condição análoga ao trabalho escravo em uma outra empresa de sua propriedade – fato que levaria ao banimento dos artigos produzidos pela Anchor oferecidos no marketplace do Magalu. Em buscas realizadas nos últimos dias, foram encontrados 7 itens cuja marca é identificada pelo nome “Anchor”. Cinco deles já estavam inativos e não eram oferecidos na plataforma do Magalu. Os outros dois foram imediatamente suspensos. 

O Magalu possui uma rígida política de seleção de sellers, que inclui checagem de CNPJ e da composição societária em diversos níveis. O processo de “background check” realizado pela empresa envolve a consulta e o monitoramento de listas de alerta, restritivas e de sanções públicas e de órgãos relacionados aos mais amplos aspectos de irregularidades e/ou infrações legais. Quando uma não conformidade é identificada, a venda do produto é imediatamente suspensa e o seller é retirado da plataforma. Após a tomada dessa medida preventiva, é realizado um processo de averiguação preliminar a fim de identificar indícios para abertura de sindicância e posterior avaliação sobre a necessidade do bloqueio ou banimento do seller do marketplace. Nos últimos 12 meses, a partir de seu processo de monitoramento e detecção de violações, o Magalu baniu 268 sellers, por cometerem algum tipo de irregularidade. Entre agosto de 2021 e maio de 2022, a empresa recebeu cerca de 180.000 denúncias relacionadas a supostas práticas que contrariam nossas políticas ou que mostravam alguma atipicidade ou suspeita de lavagem de dinheiro. Dessas, 90.000 denúncias foram procedentes, levando à suspensão de 2.400 sellers.”

Americanas

Na Americanas Marketplace existem mais de 132 mil lojas parceiras que vendem diretamente seus produtos em várias categorias aos clientes finais. Nossos parceiros se comprometem a cumprir rigorosos padrões de acordo com o nosso Código de Ética e Conduta e legislação vigente, com destaque para o respeito aos direitos humanos. Não compactuamos, portanto, com esse tipo de prática. Se e quando identificamos qualquer desconformidade adotamos tempestivamente as providências necessárias, que vão desde a retirada do item irregular da plataforma de vendas até o descredenciamento do parceiro.

Confecções Anchor

Advogado Marcos Sae Kyun Lee

É um processo que ainda está em grau de recurso. Não houve nenhum tipo de trânsito em julgado para vocês colocarem em qualquer matéria jornalística nesse sentido. Se vocês colocarem, depois vocês vão responder civil e criminalmente pelas matérias que vocês postarem. É a liberdade de vocês se quiserem colocar isso. Meus clientes foram vítimas de uma empresa terceirizada que não teve o devido cuidado. Agora, se vocês estão querendo vincular a empresa do meu cliente como responsável por isso, arquem com as consequências. É isso que eu tenho para dizer. 

A empresa foi vítima de uma ato de uma oficina que [não dá para compreender] eles tiveram problemas e foi vinculado indevidamente à empresa do meu cliente. Esse é o fato. Foi feito toda a defesa. Está em grau de recurso. Parte das pessoas sócias foram absolvidas. A outra pessoa injustamente [não dá para entender] está em grau de recurso. Tem um processo, em caráter sigiloso, porque envolve as pessoas. Se vocês querem colocar a matéria à revelia, depois vocês arquem com as consequências. Vocês não gostam de falar ‘fake news’, ‘fake news’? Depois vocês assumam a responsabilidade disso. É isso que eu tenho para responder.

Leia a matéria: Sites de Magalu e Americanas vendem marcas flagradas com trabalho escravo

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