Esse é o segundo encontro da formação continuada direcionada a formadores e gestores da rede estadual de Educação. Até o momento, esses profissionais envolveram 458 educadores de 154 escolas na prevenção ao trabalho escravo. O Maranhão lidera o ranking dos estados de origem dos trabalhadores escravizados no país
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Nos dias 15 e 16 de março, o programa Escravo, nem pensar! realizou, em São Luís, o segundo encontro presencial do projeto “Formação continuada de gestores de educação do estado do Maranhão” sobre trabalho escravo e tema correlatos. O encontro reuniu 16 profissionais de sete Unidades Regionais de Educação (UREs) do estado e 12 técnicos de diversas supervisões da Secretaria de Estado de Educação do Maranhão que desde 2015 desenvolvem ações educativas sobre trabalho escravo.

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No encontro, os profissionais das UREs compartilharam os resultados parciais das formações de educadores, realizadas em fevereiro, em Açailândia, Balsas, Codó, Imperatriz, Pindaré-Mirim, Santa Inês, São João dos Patos e São Luís. Ao todo, os materiais didáticos e conteúdos sobre trabalho escravo fornecidos pelo Escravo, nem pensar! foram multiplicados para 458 educadores de 154 escolas. A perspectiva é de que essa rede de prevenção se amplie com a formação dos educadores dos demais municípios atrelados a cada URE.
Após essas formações, os representantes de cada escola compartilham os subsídios pedagógicos para toda a comunidade escolar que, junta, planeja e desenvolve atividades educativas sobre trabalho escravo com alunos e comunidades. As UREs, com apoio pedagógico do programa, acompanharão as escolas durante todo o semestre. “Os resultados são muito expressivos e demonstram o engajamento desses profissionais da rede estadual de Educação, responsáveis pela formação de professores, na prevenção ao trabalho escravo. Em muitas escolas a discussão sobre esse tema atual e infelizmente tão presente na realidade maranhense já alcançou a sala de aula e têm despertado a atenção dos alunos”, afirmou Thiago Casteli, coordenador-assistente do Escravo, nem pensar!.

Além dos relatos de experiências, os participantes puderam aprofundar as discussões sobre o conceito de trabalho escravo na roda de conversa com o Dr. Manoel Lopes Veloso Sobrinho, juiz da 3ª Vara do Trabalho de São Luís. As discussões do encontro também foram enriquecidas com as contribuições da COETRAE – MA, da professora Flávia Moura (UFMA), da Comissão Pastoral da Terra de Balsas, do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia e do Centro de Defesa da Vida de Santa Luzia.
Para fortalecer as ações desenvolvidas pelas UREs junto às escolas, a equipe do Escravo, nem pensar! abordou o a relação do trabalho infantil com o trabalho escravo e forneceu novos materiais didáticos que serão somados ao kit básico dos formadores e das escolas: o caderno temático Meia Infância – O trabalho infantil no Brasil hoje e o fascículo Amazônia: trabalho escravo + dinâmicas correlatas.
O terceiro e último encontro da formação será realizado em junho, quando serão apresentados os resultados dos projetos escolares. O projeto é uma parceria entre a ONG Repórter Brasil, que coordena o Escravo, nem pensar!, e a Secretaria de Estado da Educação do Maranhão, com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Ministério Público do Trabalho e da LATAM Airlines.
Sobre a formação continuada
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), 24% dos trabalhadores resgatados em situação análoga à de escravidão no país são maranhenses, o que coloca o estado em primeiro lugar no ranking de naturalidade dos trabalhadores resgatados. Além disso, o Maranhão é o quinto estado com o maior número de pessoas encontradas em situação de escravidão: foram 2.446 trabalhadores resgatados desde 1995, ano em que o Brasil reconheceu a ocorrência dessa prática em seu território.
Diante desse cenário, em setembro de 2015, o Escravo, nem pensar! formou técnicos das setes UREs com maior vulnerabilidade ao aliciamento e à ocorrência de trabalho escravo no Maranhão: Açailândia, Balsas, Codó, Imperatriz, Santa Inês, São João dos Patos e São Luís. Juntas essas regionais abrangem 378 escolas em 76 municípios. O objetivo do projeto é capacitar esses técnicos a formar professores e fomentar, por meio dos materiais didáticos específicos do programa, a abordagem do trabalho escravo nas escolas e comunidades.
