Íntegra dos esclarecimentos do Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Grupo Zaffari, Assaí, Walmart e El Corte Inglés

Respostas foram enviadas para comentar a reportagem ‘Medidas de supermercados contra trabalho escravo não detectaram caso em vinícolas fornecedoras’
 10/03/2023

Grupo Pão de Açúcar

O GPA informa que tem como compromisso a promoção e proteção dos direitos humanos e que possui políticas e processos específicos para homologação e monitoramento de seus fornecedores para conformidade socioambiental. De forma frequente, o GPA analisa os riscos de suas cadeias, demandando a realização de auditorias sociais periódicas em seus fornecedores diretos por empresas independentes e com base em protocolos internacionais, para estarem em conformidade com o Código de Ética e Política de Direitos Humanos na cadeia de valor. 

Assim, como para todo e qualquer alerta que recebe, a partir da denúncia que veio a público, o GPA notificou as vinícolas Aurora e Salton para prestarem esclarecimentos da situação, bem como informar sobre as providências que serão tomadas para garantir o cumprimento da legislação trabalhista vigente, além da regularização das relações de trabalho em sua cadeia produtiva, em linha com o movimento setorial liderado pela Abras – Associação Brasileira de Supermercados – em documento público divulgado na última semana.

 O GPA segue monitorando atentamente o desdobramento do tema e a finalização do processo de apuração dos fatos e responsabilidades pelas autoridades legais.

 Por fim, cabe reforçar, que o GPA está sempre aberto para diálogos e construções, em conjunto com todas as partes interessadas, para um processo contínuo de evolução em relação ao tema.

Vale ressaltar que a companhia não mantém relação comercial com a Cooperativa Garibaldi.

8/03

O GPA realizou no ano de 2022, seguindo as diretrizes de sua Política de Direitos Humanos na Cadeia de Valor, auditorias sociais nas fábricas dos dois fornecedores, Salton e Aurora, seguindo metodologia internacional ICS (Initiative Compliance and Sustainability). Ambos estavam em conformidade com os critérios avaliados pela Companhia.

Carrefour

Segue abaixo o posicionamento da companhia.

Todos os nossos contratos comerciais possuem cláusulas específicas que obrigam o fornecedor a se comprometer rigorosamente com as normas da legislação trabalhista vigente, garantindo a não utilização de mão de obra em condição análoga à de escravidão e o respeito aos direitos humanos. 

Na condição de signatário e um dos fundadores do do Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo, que tem como objetivo mudar a lógica do problema para a da solução, o Grupo já notificou os fornecedores e iniciamos um processo de mobilização multisetorial para definir processos em conjunto para coibir e corrigir práticas inaceitáveis como as apuradas. 

Além da mobilização setorial, estamos em processo de evolução nos protocolos de transparência e análise para a garantia do trabalho decente em todos os elos da cadeia indireta.

Reforçamos, ainda, que o respeito incondicional dos direitos humanos, trabalhistas e sociais são fundamentais na condução dos nossos negócios e exigimos a mesma postura e responsabilidade dos nossos fornecedores na condução de suas atividades.

Grupo Zaffari

Respondendo dentro do seu prazo, informo que a empresa não irá se manifestar.

Assaí

Seguem abaixo as respostas, conforme solicitado

1- O contrato do Assaí com as empresas prevê alguma punição e/ou multa para casos como este, envolvendo trabalho escravo?

O Assaí pode encerrar uma relação comercial quando o fornecedor se recusar a tomar as medidas necessárias para respeitar a Política de Direitos Humanos ou a Carta de Ética para Fornecedores da Companhia. Quaisquer condutas em desacordo com os documentos podem ser denunciadas ao Canal de Ouvidoria oficial do Assaí, que se compromete a investigar as situações denunciadas e adotar as medidas cabíveis. Sobre as graves denúncias envolvendo a Salton, a Aurora e a Cooperativa Garibaldi, foi firmado com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) o compromisso de proibir qualquer tipo de violação aos dispositivos legais – a entidade solicitou um cronograma de implementação de ações para tal, com datas de início de cada iniciativa, que será acompanhado pela Associação ao mesmo tempo em que aguardará as futuras recomendações e exigências de entidades públicas, privadas e órgãos às empresas supracitadas.

2- O Assaí não é signatário do Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo. A empresa pretende se associar à iniciativa? Se não, por qual razão?

O Assaí está em processo de assinatura do termo de adesão do Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo (InPACTO) com previsão de conclusão ainda neste semestre.

Outro lado Walmart:

Perguntas enviadas em 03/03:

1 – What are Walmart’s policies regarding its grape juice suppliers? Does Walmart perform any controls to verify the social compliance of products purchased from its grape juice suppliers in Brazil?

2 – What actions will be taken by Walmart after the denunciations presented above?

Resposta:

Walmart does not tolerate forced labor in our supply chain, and we are investigating the matter.

Outro lado El Corte Inglés:

Perguntas enviadas em 06/03:

1 – ¿Cuáles son las políticas de El Corte Inglés con relación a sus proveedores de jugo de uva? ¿ El Corte Inglés realiza algún control para verificar el cumplimiento social de los productos comprados de sus proveedores de jugo de uva en Brasil?

2 – ¿Qué acciones tomará  El Corte Inglés después de las denuncias presentadas anteriormente?

Resposta:

Em relação ao assunto, gostaríamos de informar que a empresa em questão já não é nossa fornecedora, tendo o produto (sumo de uva) entrado na nossa cadeia através da Feira realizada nos nossos supermercados, em 2022, para promover produtos endógenos do Brasil. Sendo desta forma um fornecedor ocasional, e que, por esse motivo já não trabalha connosco. De qualquer forma, todos os nossos fornecedores antes de celebrarem uma relação comercial são convidados a assinar uma carta de compromisso, atestando que são cumpridos todos os critérios de ASG (Ambientais, Sociais e Boa Governança). O nosso sistema de gestão de fornecedores dá especial atenção ao cumprimento destes critérios, através do seu acompanhamento e auditoria das fábricas com as quais que trabalhamos. A qualidade de nossos produtos deve ser acompanhada de respeito e conformidade com os padrões fundamentais e trabalhamos apenas com fornecedores que subscrevem como próprios os nossos valores e princípios. Por fim, gostaríamos de reforçar que o Grupo El Corte Inglés integra na sua estratégia, processos e operações os critérios do UN Global Compact através de três ferramentas: capacitação dos colaboradores e fornecedores em matéria de direitos humanos, disponibilização do Canal Ético como meio para a deteção de potenciais riscos ASG e estabelece parcerias com grupos de interesse ativos na proteção de direitos humanos.


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