Documentário acompanha repórter cobrindo as buscas pelo seu amigo, o jornalista Dom Phillips, assassinado na Amazônia em junho de 2022. A experiência muda sua visão sobre os conflitos na região
Próximas exibições:
New Haven, EUA
9 de outubro (quarta-feira) no Conselho de Estudos Latino-Americanos e Ibéricos no Centro MacMillan de Yale, 17h45
Sessão comentada com a participação do diretor Daniel Camargos e do antropólogo Glenn Shepard, do Museu Paraense Emílio Goeldi
Auditório 101 de Luce Hall, localizado na 34 Hillhouse
Entrada gratuita
Belo Horizonte
11 de outubro (sexta-feira) no Cine Santa Tereza, na programação da Mostra Première Minas, 19h
Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza
Entrada gratuita
Belo Horizonte
25 de outubro (sexta-feira) no Centro Cultural Zilah Espósito, na programação da Mostra Première Minas, 18h
Sessão comentada com o diretor Daniel Camargos
R. Carnaúba, 286 – Zilah Sposito
Entrada gratuita
Após o assassinato do jornalista Dom Phillips, no Amazonas, seu parceiro de reportagem Daniel Camargos embarca em uma jornada reflexiva sobre o papel dos jornalistas que cobrem os conflitos por recursos naturais na maior floresta do mundo. Ao descobrir o modo violento como seu amigo foi morto, ele se pergunta: vale a pena seguir neste ofício e terminar como Dom?
A resposta vem em outras coberturas pela Amazônia, quando Daniel conhece os Guajajara, no Maranhão. Eles se organizam para enfrentar os invasores que derrubam árvores dentro da sua terra. Os guerreiros Guajajara acumulam perdas de amigos e parceiros, foram 50 mortes nos últimos 20 anos. Para eles, não há outro nome para o que vivem: é uma guerra.
Daniel segue para o Pará, viajando longas distâncias para chegar às aldeias munduruku mais distantes das cidades. Ali, no meio da floresta que deveria estar saudável, crianças caem com dor nas pernas, idosos perdem a visão e bebês nascem com problemas neurológicos incapacitantes – consequências da contaminação por mercúrio usado nos garimpos. Apesar do horror, as comunidades se recusam a sair e seguem denunciando os invasores.
A resiliência dos povos indígenas ajuda Daniel a aceitar a perda de seu amigo e muda o modo como o repórter enxerga o seu papel na cobertura das muitas guerras em curso na Amazônia.
O filme ganhou o 40º Prêmio Direitos Humanos De Jornalismo, concedido pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) e Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul em 2023. Lançado no ano passado, o documentário também foi indicado ao Prêmio Gabo 2024, o mais prestigiado do jornalismo latino-americano.
A estreia internacional foi em julho, em Londres, em um evento lotado no Frontline Club, – um clube de jornalistas focado na cobertura de conflitos. O filme também foi exibido nas universidades de Columbia, em Paris; na Queen Mary e na London School of Economics, na capital inglesa. Antes de Londres e Paris, o documentário já havia sido exibido em aldeias indígenas, como a dos Munduruku; em cidades do interior do Brasil, em sindicatos, escolas, faculdades e cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Campo Grande, Rio Branco, Goiânia e Ribeirão Preto.
FICHA TÉCNICA
RELATOS DE UM CORRESPONDENTE DA GUERRA NA AMAZÔNIA
Direção e Roteiro: Ana Aranha e Daniel Camargos
Produção: Repórter Brasil
Duração: 54 minutos
Formato: Full HD
Narração e produção: Daniel Camargos
Produção Executiva: Ana Aranha e Carlos Juliano Barros
Direção de fotografia: Fernando Martinho e Caio Castor
Montagem e Finalização: Pedro Watanabe
Áudio Direto: Rafael Veríssimo e Gustavo Carvalho
Imagens adicionais: João Laet, Rafael Veríssimo, Todd Southgate
Mixagem de áudio e Desenho de som: Fernando Ianni
Editores Assistentes: Rafael Jyo, Vinícius Silvestre, Cynthia Gancev, Beatriz Vitória, Joyce Cardoso
Design: Delphine Lacroix
Color: Daniel Tancredi
Pós-produção: Candela Filmes
Laboratório Digital: Cadu Silva
Assistente de produção: Júlia Dolce
Assistente de Produção Executiva: Ana Magalhães, Mariana Dellabarba
O documentário “Relatos de Um Correspondente da Guerra na Amazônia” faz parte do projeto Bruno e Dom, quando mais de 50 jornalistas de 10 países se uniram para continuar o trabalho do repórter Dom Phillips, assassinado ao lado do indigenista Bruno Pereira no Vale do Javari em junho de 2022. O projeto foi coordenado pela Forbidden Stories.
APOIO
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