Usina São José/Grupo Farias
Dia 2 de setembro
A Usina São José não reconhece nexo causal entre suas operações e a mortandade de peixes registrada ao longo do Ribeirão Tijuco Preto, Rio Piracicaba e no Tanquã. O pequeno vazamento de águas residuárias, não melaço, ocorrido no dia 08 de julho foi contido imediatamente por meio da construção de taludes para evitar novos derramamentos e do armazenamento das águas residuárias nos diques de contenção e tanques de decantação.
A situação foi monitorada e controlada, conforme comprovado pelas inspeções subsequentes da própria CETESB, que duraram quase duas semanas. A Polícia Militar Ambiental também fiscalizou o local no dia 08 de julho e comprovou que o pequeno vazamento estava controlado e que não havia dano ambiental.
As operações da planta, destinada unicamente à extração de cana para produção de açúcar, estavam interrompidas desde 2020 e só foram retomadas em maio de 2024. O retorno das operações somente ocorreu após o devido licenciamento ambiental pela CETESB, que emitiu a Licença de Operação nº 21009947, com validade até 05 de outubro de 2025.
A Usina São José atua há décadas na região, nunca se envolveu em episódios de poluição no rio, e sempre procurou adequar as suas operações às licenças, leis e regulamentos ambientais, adotando as melhores práticas sustentáveis e inovando o seu processo produtivo com o objetivo de contribuir com a melhoria do meio ambiente.
Para isso, realiza o controle da poluição atmosférica, controle e gestão de efluentes líquidos, gerenciamento de resíduos sólidos e líquidos, gestão de embalagens de agrotóxicos, contenção de vazamentos e prevenção de contaminação do solo e de águas subterrâneas, controle de vibrações e fontes de ruídos, além de ostentar a conformidade documental/regulatória.
Uma investigação conduzida por equipe técnica multidisciplinar contratada pela Usina indica que o vazamento de águas residuárias da empresa não foi responsável pela mortandade de peixes no Rio Piracicaba. O rio recebe uma contribuição significativa de poluentes de várias fontes, incluindo esgoto sanitário, efluentes industriais e agrícolas, que não foram devidamente analisadas pela CETESB.
Historicamente, tanto o Ribeirão Tijuco Preto quanto o Rio Piracicaba (e outros afluentes da região) sofrem com poluição direta e difusa, havendo um sério histórico documentado de lançamento de esgoto não tratado e de vinhaça diretamente no corpo hídrico, inclusive nos pontos em que a CETESB disse ter visto mortandade de peixe no dia 07/07/2024.
Pelo menos desde 2014 são registradas mortandades de peixes, em sua grande maioria relacionadas à contaminação das águas por esgoto não tratado, eutrofização e baixa vazão do corpo hídrico, conforme Relatório de Qualidades das Águas no Estado de São Paulo publicado pela CETESB anualmente.
No dia 22/07/2024, inclusive, houve um terceiro episódio de mortandade de peixes no rio, próximo ao Salto do Mirante, atribuído à própria Prefeitura de Piracicaba, o que reforça a inexistência de relação com as atividades da Usina, além de comprovar a existência de outras fontes poluidoras na região.
Atendendo a um pedido da CETESB, e demonstrando seu compromisso com a preservação do meio ambiente, a Usina contratou uma empresa para ajudar o Poder Público na limpeza do rio e retirada dos peixes mortos, mesmo não reconhecendo sua responsabilidade pelo incidente.
A Usina se solidariza com os pescadores que tiveram suas atividades e fonte de renda prejudicadas pelos episódios de julho de 2024, mas reafirma não ter sido a responsável pela mortandade dos peixes.
AJINOMOTO
Dia 22 de agosto e dia 3 de setembro
A Ajinomoto do Brasil esclarece que, desde 2019, não mantém nenhuma relação comercial com a Usina São José, parte do Grupo Farias, e que o fornecedor já foi, inclusive, removido de sua base de parceiros. A companhia reforça seu comprometimento com as melhores práticas ambientais e segue rígidos critérios no processo de seleção e avaliação de seus fornecedores, tanto no que se refere à qualidade, quanto no cumprimento de normas relacionadas a Meio Ambiente, Saúde e Segurança, Questões Sociais e Compliance.
Raízen
Dia 22 de agosto e dia 04 de setembro
A Raízen reforça que realiza o monitoramento contínuo de seus fornecedores e sua aderência ao código de conduta da companhia, incentivando a adoção de melhores práticas e respeito total à legislação, a qual, se desrespeitada, pode resultar no encerramento de tal parceria.