O conceito de 1,5ºC refere-se à meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, a fim de conter os impactos das mudanças climáticas, conforme estabelecido no Acordo de Paris. Esse número não é arbitrário: ele marca uma diferença significativa na severidade dos efeitos climáticos.
Acima desse limite, a frequência e a intensidade de eventos extremos, como ondas de calor, secas e inundações, aumentam drasticamente, comprometendo a segurança alimentar e a biodiversidade global, como mostram projeções relatadas pelo IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas.
No entanto, mesmo com um aquecimento de 1,5°C, ainda haverá riscos consideráveis, mas menores do que em cenários de aquecimento superiores. Atualmente, o planeta está cerca de 1,1°C a 1,2°C mais quente do que no período pré-industrial. Essa conta toma como referência a média de temperatura global registrada entre 1850 e 1900.
O relatório do IPCC alerta que, sem reduções drásticas nas emissões globais de gases de efeito estufa até 2030, esse objetivo de limitar o aquecimento a 1,5°C não será alcançado. Chegar a essa meta requer não apenas uma transição energética global, mas também a preservação de ecossistemas como a Amazônia, que são fundamentais para a estabilidade climática.
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