A ADAPTAÇÃO é o termo usado para indicar as ações tomadas para enfrentar a crise climática. É diferente de mitigação, que trata como evitar ou reduzir os impactos dessa crise. A adaptação é indispensável num momento em que os impactos da mudança climática já são realidade.
A adaptação às mudanças climáticas envolve ações para reduzir a vulnerabilidade a impactos como desastres naturais e eventos extremos, elevação do nível do mar e insegurança alimentar.
Em nível local, comunidades e cidades desempenham um papel importante na adaptação com medidas como: cultivo de plantas mais resistentes à seca, práticas de agricultura sustentável e infraestrutura contra inundações e ondas de calor.
Em nível nacional e internacional, governos precisam desenvolver políticas e investir em grandes adaptações, como aprimorar sistemas de alerta, criar seguros específicos para ameaças climáticas, fortalecer infraestrutura em áreas costeiras, além de proteger a biodiversidade e os ecossistemas.
No caso do Brasil, o país lançou em 2016 o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), que passou anos parado. Em outubro, foi aberta uma consulta pública para revisar o PNA. Segundo o governo, o documento será um dos pilares do Plano Clima, que servirá como guia da política climática brasileira até 2035.
O IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, enfatiza que medidas de adaptação são especialmente importantes para comunidades vulneráveis, que enfrentam maior risco e possuem menos recursos para se recuperar de desastres, como os países-ilha Tuvalu, Vanuatu e seu vizinho Tongo, no oceano Pacífico, que ameaçam desaparecer, ou mesmo cidades litorâneas como Recife.
Adaptar-se às mudanças climáticas também significa planejar cidades e comunidades de forma mais sustentável, levando em conta novos padrões de clima.
Fontes:
https://www.undp.org/publications/climate-dictionary