Estão abertas as inscrições para o financiamento anual do Fundo Voluntário das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão. Organizações da sociedade civil que atuam na reparação, no empoderamento e na integração de pessoas resgatadas do trabalho escravo podem se candidatar até 1º de março.
O fundo oferece subsídios entre 15 mil e 35 mil dólares (aproximadamente R$ 90 mil e R$ 210 mil) válidos para todo o ano de 2025. O apoio do Fundo cobre até dois terços do valor total do orçamento do projeto, já que o restante deve ser bancado por outras fontes de recursos. Exceções a essa regra serão consideradas, desde que o Conselho do Fundo julgue a justificativa satisfatória.
Projetos que vierem a ser contemplados podem ser renovados com novos aportes por quatro anos, a depender dos resultados obtidos.
O objetivo é contemplar projetos que ofereçam assistência médica, psicológica, social, jurídica, humanitária, educacional, treinamento vocacional ou apoio à subsistência das pessoas resgatadas.
Para abordar as causas da exploração e reduzir a vulnerabilidade, as organizações devem, sempre que possível, facilitar a independência econômica dos sobreviventes de escravidão, inclusive por meio de encaminhamentos a serviços especializados. As propostas que podem envolver atividades geradoras de renda devem garantir que os beneficiários sejam justamente remunerados por sua participação e incluir salvaguardas apropriadas para prevenir qualquer risco de reexploração.
Organizações brasileiras, como o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán, no Maranhão, e o Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (Cami), em São Paulo, são exemplos de beneficiadas.
As inscrições devem ser apresentadas em inglês, francês ou espanhol, e são válidas as traduções realizadas a partir de plataformas de tradução automática, como o Google Tradutor. Mais informações aqui.
Sobre o Fundo
O Fundo Voluntário das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão tem como objetivo fornecer ajuda humanitária, jurídica e financeira às vítimas da escravidão contemporânea, por meio de bolsas destinadas a organizações da sociedade civil. Vinculado ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, , em Genebra, na Suíça, o Fundo depende de contribuições voluntárias de países membros da ONU e doadores privados e conta com um conselho gestor, do qual já fez parte o jornalista e cientista político brasileiro Leonardo Sakamoto.