#128 Uberização avança entre trabalhadores brasileiros

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60% dos trabalhadores de aplicativos não desejam vínculos formais, segundo pesquisa do Datafolha, encomendada pela Uber. Ainda assim, seis em cada dez aceitariam um emprego com carteira assinada se o salário fosse equivalente a quatro mínimos (R$ 6.072).

A percepção desses trabalhadores acompanha uma tendência confirmada pelos números: o total de pessoas que vive do trabalho por aplicativos cresceu 25,4% entre 2022 e 2024, segundo o IBGE. Em 2024, cerca de 1,7 milhão de brasileiros usaram plataformas digitais para trabalhar, mais de 335 mil novos trabalhadores em apenas dois anos.

A expansão foi puxada pelos aplicativos de transporte de passageiros, que concentram 58% dos trabalhadores plataformizados. Em seguida vêm os entregadores de comida, que somam 29% do total.

O crescimento, no entanto, é marcado por alta informalidade: 71% dos trabalhadores de aplicativos não têm vínculo formal, índice bem superior aos 43,8% do restante da população ocupada. O aumento também vem acompanhado de baixa autonomia, já que as plataformas definem o valor pago pelos serviços, e de jornadas mais longas: trabalhadores de aplicativos cumprem, em média, 44,8 horas semanais, contra 39,3 horas entre os demais.

Quer saber mais sobre o tema? Assista ao documentário GIG – A Uberização do Trabalho, da Repórter Brasil, que aprofunda o debate sobre esse modelo de trabalho.

*Foto: Mundo de Entrega. Nicole Leslie. Licenciado em Creative Commons. https://bit.ly/43c3FRY

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 05/11/2025

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