
Decreto promulgado em março deu à Presidência poder de convocar tropas sem aval de governadores (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Parlamentares do PSOL apresentaram na Câmara dos Deputados e no Senado Federal projetos de lei para tentar reverter o decreto presidencial n.º 7.957/2013. Promulgado em março, o mesmo alterou diversos aspectos do funcionamento da Força Nacional de Segurança Pública, possibilitando que ministros convoquem as tropas mesmo sem aval dos respectivos governantes locais. Antes, conforme o decreto de criação as tropas só poderiam atuar em território nacional com solicitação do respectivo governador de Estado ou do Distrito Federal.
Na prática, a mudança confere ao Poder Executivo força policial própria. A alteração foi tema do artigo publicado pela Repórter Brasil “A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff”, de João Rafael Diniz, advogado e membro do grupo Tortura Nunca Mais – SP. No Congresso Nacional, os questionamentos foram feitos pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que propuseram, respectivamente, os Projetos de Decretos número 829/2013 na Câmara dos Deputados, e número 86/2013 no Senado Federal.
No projeto apresentado na Câmara, Ivan Valente aponta que a mudança é inconstitucional. “Essa alteração é uma afronta à Constituição, pois permite ao governo federal enviar a Força Nacional de Segurança Pública para qualquer parte do território nacional sem a aquiescência do ente federado responsável pelo policiamento ostensivo e manutenção da ordem pública. A Constituição Federal determina em seu artigo 144 que a responsabilidade por ‘polícia ostensiva e a preservação da ordem pública’ é das polícias militares dos estados, subordinadas aos respectivos governadores. À União restam duas possibilidades: intervenção federal no estado (art. 34), ou decreto de estado de defesa (art.136), ambas situações excepcionalíssimas de garantia da segurança e integridade nacionais, em que serão acionadas as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica)”.
O parlamentar lembra que logo após a promulgação do decreto presidencial que alterou o funcionamento da Força Nacional, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, convocou a tropas para proteger 80 técnicos para que fizessem levantamentos necessários para o Estudo de Impacto Ambiental de construção de hidrelétricas no rio Tapajós, projeto que enfrenta resistência de indígenas e ribeirinhos. “A medida teve um alvo claro: impedir as manifestações dos povos da floresta contra a construção de hidrelétricas em suas regiões e dos trabalhadores vítimas de superexploração por parte dos consórcios construtores das obras”, defende Valente.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), por sua vez, argumenta que a mudança “retirou das mãos dos estados a responsabilidade pela polícia ostensiva e preservação da ordem pública, nos locais em que os ministros entenderem ser mais conveniente a atuação de uma força controlada pelo governo federal”. E ressalta que “esse contingente militar de repressão poderá ser usado contra populações afetadas pelas diversas obras de interesse do governo, que lutam pelo direito a serem ouvidas sobre os impactos desses projetos nas suas próprias vidas e no direito à existência digna, tal como já está ocorrendo com os ribeirinhos e indígenas do rio Tapajós”.
O Brasil vai esperar para ver, esse governo está armando o bote, os brasileiros que não fiquem de olho não porque eles estão armando para fazerem o que eles sempre quiseram, instalar um governo central para controlar tudo da maneira deles.
Estão começando, essa oposição que não questiona nada só fica olhando de fora como se nada estivesse acontecendo.
A Presidente já falou que a inflação não a incomoda, são decretos e leis e alterações da constituição que vão entrando como se não quisessem nada mas alteram substancialmente a ordem que está estabelecida e tudo sendo aprovado.
Eles querem deixar a inflação estourar que para depois acabar com o Plano Real, na sequência fazer aquilo que eles querem que é instaurar a ditadura socialista que sempre foi o objetivo deste partido. É só esperar para ver. Eles já estão a meio caminho andado. Falta pouco.