Íntegra dos esclarecimentos de JBS e Marfrig

Íntegra das respostas da JBS enviadas para reportagem 'Pelo segundo ano consecutivo, irregularidades colocam JBS entre piores frigoríficos para MPF'
 15/12/2022

Marfrig

Por que a Marfrig não é signatária do TAC da Carne no Pará?

R: A Marfrig não é signatária do TAC da Carne no Pará porque não possui operações no estado desde março de 2020. A companhia esclarece que é signatária do TAC do estado do Mato Grosso – assinado em 2010 – e do acordo da Amazônia, assinado com o Greenpeace em 2009. Todos os critérios do TAC e do acordo são aplicados em todas as operações da companhia na Amazônia. Isso vale para o Pará, durante todo o período de operação da Marfrig no estado, onde esteve até fevereiro de 2020. É importante ressaltar que esses acordos passaram por auditorias de terceira parte, realizadas anualmente desde suas assinaturas. Os relatórios das auditorias são públicos e estão disponíveis no website da Marfrig.

Ainda assim, com o objetivo de colaborar com as autoridades locais, a Marfrig está participando de uma auditoria junto ao Ministério Público Federal do Pará, relativa ao período em que operou no estado. Esse processo deve durar cerca de 90 dias.

A Marfrig vai assinar o TAC diante dessa informação de que poderá ser punida?

R: A Marfrig não vai assinar o TAC da Carne no Pará, uma vez que não opera no estado desde o início de 2020. Portanto, não compra animais com origem no Pará. A Marfrig é signatária do TAC da Carne no Mato Grosso e aplica seus critérios em todas as suas operações na Amazônia.

JBS

A JBS esclarece que os resultados do 4º Ciclo da auditoria do TAC do Pará se referem a compras realizadas há mais de dois anos e são consequência principalmente de imprecisões na adoção de critérios ocorridas na época e que já foram ajustadas pela JBS em outubro de 2021. Elas decorrem essencialmente da não utilização do Prodes 2008 nos critérios de monitoramento e nas bases de dados utilizadas pela JBS no período de compras considerado, de julho de 2019 a agosto de 2020.

Nesse período, a Companhia utilizava como referência o Prodes 2009, em linha com o Protocolo Unificado de Monitoramento da Pecuária (Boi na Linha) da época. Esse descompasso já havia sido explicado na divulgação do ciclo anterior de auditoria, e o aditivo assinado entre a JBS e o Ministério Público Federal, em outubro de 2021, já deu quitação a essas divergências. Desde então, a JBS passou a usar o Prodes 2008 como referência para suas compras para o bioma Amazônia.

O 4º ciclo da auditoria, ora apresentado, contempla, portanto, compras num período que ainda não reflete as atualizações implementadas pela JBS, que também se referem ao Protocolo do Programa de Regularização Ambiental e a novos critérios relacionados a embargos do Ibama e novas regras de sobreposições em unidades de conservação e terras indígenas. Mesmo com o resultado afetado por essa situação, a JBS considera que a auditoria já indicou evolução de desempenho, pela redução expressiva de não conformidades – metade em relação ao ciclo anterior. Isso, ressaltado por um universo amplo. Nesse ciclo houve auditoria de 100% das compras, ante 55% no anterior, conforme metodologia definida pelo Ministério Público Federal.

A JBS reafirma seu compromisso com o desmate zero na Amazônia até 2025 para fornecedores diretos e também para os fornecedores de seus fornecedores, e está liderando os esforços do setor pecuária brasileiro para impulsionar o fim do desmatamento ilegal e a proteção da vegetação nativa em todos os biomas brasileiros até 2025.

Leia a reportagem: Pelo segundo ano consecutivo, irregularidades colocam JBS entre piores frigoríficos para MPF

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