O SECRETÁRIO EXECUTIVO DA REPÓRTER BRASIL, Marcel Gomes, foi escolhido pela Forbes um dos 50 principais líderes mundiais na área de sustentabilidade.
Divulgada nesta quinta-feira (19), a lista destaca “empreendedores, cientistas, financiadores, formuladores de políticas e ativistas que estão capitaneando o combate à crise climática, com impactos reais e tangíveis”.
“A revista Forbes é uma das principais fontes globais de informação para empresários e autoridades. Esse reconhecimento é muito importante para mim e para a Repórter Brasil, porque também é um objetivo nosso influenciar esses atores”, afirma Gomes.
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Em abril deste ano, ele já havia sido agraciado com o Prêmio Goldman, conhecido como o “Nobel do ambientalismo”, por coordenar uma investigação sobre os elos entre supermercados da Europa e dos Estados Unidos com frigoríficos brasileiros abastecidos por pecuaristas autuados por desmatamento ilegal em diferentes biomas, como Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Por causa da investigação, seis grandes grupos varejistas de Bélgica, França, Holanda e Reino Unido, que juntos somam mais de US$ 30 bilhões anuais em faturamento, chegaram a suspender a venda de produtos de companhias brasileiras de proteína animal, em dezembro de 2021.
Além de mencionar essa cobertura, a Forbes também cita outros trabalhos de impacto realizados pela equipe da Repórter Brasil e coordenados por Gomes. Um deles diz respeito a fornecedores brasileiros de café da Starbucks envolvidos em irregularidades trabalhistas.
Maior e mais famosa rede de cafeterias do mundo, com 35 mil pontos de venda em 83 países, a Starbucks mantinha em seu programa de “aquisição ética” produtores flagrados com trabalho escravo e infantil, além de cafeicultores autuados por descontos ilegais nos salários, falta de fornecimento de água potável e de equipamentos de proteção básicos para a colheita do grão.
A investigação foi usada como subsídio em uma ação judicial movida contra a Starbucks pela organização National Consumers League, com sede em Washington, nos Estados Unidos. O processo afirma que a multinacional lesa os consumidores americanos ao promover uma propaganda enganosa de “aquisição 100% ética” do café e chás vendidos em suas lojas.
“Sem mudanças profundas nas práticas corporativas, na maneira que as cadeias produtivas se comportam, nosso planeta continuará ameaçado pelas mudanças climáticas”, finaliza Gomes.
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