DOSSIÊ SEGURO AGRÍCOLA
Grandes multinacionais seguraram lavouras ilegais no Brasil, dentro de
fazendas embargadas ou em terras indígenas onde a produção agrícola de
larga escala é proibida. Também garantiram apólices para fazendeiros
incluídos na lista suja do trabalho escravo. Todos os contratos foram
pagos com o auxílio do governo federal, que promete para este ano um
sistema de verificação que impediria este tipo de irregularidade
DINHEIRO PÚBLICO PAGOU
SEGURO PARA LAVOURAS
EM FAZENDAS DESMATADAS
ILEGALMENTE
Governo federal subsidiou contratos de seguradoras
multinacionais Brasilseg, Allianz, Tokio Marine, Mapfre e
Fairfax que protegeram fazendas com áreas interditadas
para o plantio
APÓLICES PARA INVASORES DE
TERRAS INDÍGENAS FORAM
PAGAS PELO GOVERNO
FEDERAL
Multinacionais Mapfre e Sompo venderam seguros rurais
para cultivos de trigo dentro da Terra Indígena Ivaí, no
Paraná, homologada desde 1992 e onde plantio por não-
indígenas é proibido por lei
FAZENDEIROS INCLUÍDOS NA
“LISTA SUJA” CONSEGUIRAM
SUBSÍDIO PARA SEGURO
AGRÍCOLA
Governo federal deu auxílio para produtores que assinaram
contratos com as empresas Porto Seguro, Brasilseg e Essor
enquanto figuravam em cadastro público de empregadores
flagrados usando mão de obra análoga à escravidão
SAIBA MAIS
Fazenda onde 7 foram resgatados está segurada pela Mapfre
Grupo de indígenas submetido a trabalho escravo incluía uma criança de 11 anos. Seguradora e ministério da agricultura souberam do caso após denúncia da Repórter Brasil e dizem que tomarão medidas caso irregularidade seja comprovada
Seguradora suíça lucra no Brasil com seguro de lavouras irregulares
Swiss Re ofereceu cobertura contra perdas em plantios de fazendas embargadas por desmatamento. Também firmou contratos em propriedades sobrepostas a terras indígenas e com empregadores flagrados usando trabalho escravo
EXPEDIENTE DOSSIÊ SEGURO AGRÍCOLA
Reportagem e pesquisa: Poliana Dallabrida, Isabel Harari, Gil Alessi, Bruna Bronoski, Carolina Motoki e Ruy Sposati
Edição: Naira Hofmeister
Coordenação: André Campos
Redes sociais: Beatriz Vitória e Tamyres Matos