O grupo Restoque, proprietário das grifes Le Lis Blanc e Bourgeis Bohême (Bo.Bô), deve pagar R$1 milhão por danos morais coletivos, devido ao flagrante de escravidão na produção de peças da marca. Em junho, 28 trabalhadores, todos bolivianos, foram resgatados costurando roupas das duas grifes. Na época, a companhia pagou R$ 600 mil em verbas rescisórias para os trabalhadores resgatados. O valor da indenização por dano moral coletivo foi fixado por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) na segunda-feira, dia 19.
Segundo o MPT, o dinheiro será revertido a entidades assistenciais e programas de capacitação e prestação de serviços jurídicos a trabalhadores. O acordo também prevê multa, caso a empresa não fiscalize as condições de trabalho em toda a sua cadeia produtiva, ao observar o cumprimento das normas trabalhistas por suas fornecedoras. De acordo com os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que realizaram a operação, além de submetidos à escravidão, todos foram vítimas do tráfico internacional de pessoas
Confira na sequência todas as reportagens sobre o caso e outros flagrantes no setor têxtil:
Roupas da Le Lis Blanc são fabricadas com escravidão
Fiscalização liberta trabalhadores que produziam roupas para grife Bo.Bô
Diretor da Le Lis Blanc e Bo.Bô nega explorar escravos
Após flagrante de escravidão, donos da Le Lis Blanc e Bo.Bô prometem medidas imediatas
Especial: flagrantes de trabalho escravo na indústria têxtil no Brasil